segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Em novo endereço

Eis a novidade prometida há alguns dias. Aos 15 meses de idade e com um número redondo, 300 postagens, Na Ponta da Língua completa seu ciclo. A partir de hoje, estarei na casa nova. Clique aqui.

domingo, 5 de dezembro de 2010

O novo Sesc

Se você me lê no domingo e mora em Sampa, sugiro largar o micro agora mesmo e ir visitar o Sesc Belenzinho, que inaugurou ontem, e continua com uma programação incrível, o dia todo, hoje. Bem pertim da estação Belém do metrô.

Comentários sobre nossa visita, num post à parte, amanhã, neste bat-local.

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Uma patologia animal

O blogueiro anda meio monotemático, sei disso. Mas o assunto se impõe.

A explicação talvez esteja relacionada aos hormônios. Ou à idade avançada. Fato é que há um determinado período do dia em que Valentina fica (para usarmos o jargão médico) descompensada.

Em geral, isso se dá entre 8 e 9h30. A essa altura, já recebeu: a ração crocante, whiskas (pelo menos dois potes cheios), cafuné na barriga, atenção individualizada e o escambau.

Ainda assim, seu miado continuará. E com um nível de decibéis que, ouvido de longe, passa a impressão de que o casal acaba de lhe arrancar sua ninhada de filhotes, ou então não a alimenta há quinze dias.

Passado esse período, retoma sua hibernação, da qual só sai por motivo de força maior (uma borrifada do anti-pulgas, por exemplo).

Terá Freud desenvolvido alguma tese sobre a histeria em felinos?

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Fauna local: um apdêite

Talvez como efeito do que ocorrera na véspera (um grosso galho da goiabeira simplesmente arriou; causa provável: ferozes cupins), fato é que ontem o bicho estava pegando, cá no recanto. Literalmente.

Logo pela manhã, um casal de besouros gigantes rondava a varanda. Acordo hoje, e seu zunido continua lá.

Meio do dia, felino novo no pedaço. Suspeita de que Valentina esteja traindo o fiel namorado de pelo branco. Olhares furtivos lançados mutuamente, love is in the air. À calorosa acolhida dela, o gato rajado entra na cozinha e rapa o resto de whiskas do pote.

Fim de tarde, a cobra coral, devidamente registrada no post abaixo.

Início de noite, os sapos gorduchos voltam à varanda, forçando a entrada na casa via porta da cozinha.

Já passou da hora de chamar a turma do Globo Repórter pr’uma edição especial.

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Dos reinos vegetal e animal

Começo a entrar na fase em que o tsunami vai virando uma marolinha. Volto muito em breve.

Enquanto isso, brindo vocês com exemplares dos dois reinos.



Recém-colhidas, produção de nosso recanto. Verdadeira orgia de bananas nas refeições, a partir de hoje.


A anaconda que surgiu esta tarde, na porta de casa. Emoções fortes, por aqui não faltam.

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

André Dahmer encontra Drummond


Desenhista de humor quase sempre ácido, André Dahmer tem aqui um momento lírico, e dos mais bonitos. A tira me remeteu a um conto (ou crônica?) de Drummond, se não me engano do livro Cadeira de Balanço. Na história, seres de outro planeta chegam aqui, convivem um pouco conosco, observando nosso modo de vida. A certa altura, um deles diz a um terráqueo:

- Bem, vocês ainda fazem concursos de miss, por aqui. Mas isso passa...

Nomes

Há quatro anos, eu fazia minha pré-estreia na rede, no site Blônicas. Era uma croniqueta intitulada Nomes. Tempos depois, saiu a segunda versão, a que apresento abaixo.

Textos requentados, sei disso. Mas relevem, é só um período de entressafra.

***

Nomes (2)

Em Igarapava, interior do estado de São Paulo, o calçadão onde as pessoas fazem suas caminhadas matinais, foi apelidado de Gordovia. Na mesma cidade, o bairro em que a COHAB construiu casas sem a porta do fundo passou a ser conhecido como Pega Ricardão!

No Rio de Janeiro, três batismos curiosos: 1) a Praça Pióx, corruptela de Pio X; 2)o Triângulo das Bermudas, região em que há três prédios, o do BNDES, o da Petrobras e o do extinto BNH – diziam que ali era onde o dinheiro do povo se perdia; 3) Piranhão. Prédio administrativo da prefeitura situado na área onde ficava o meretrício.

Em Salvador, o trecho de um viaduto em que há altos e baixos mais abruptos é conhecido como o Gozo de Virgem.

Se você estiver dirigindo em Santa Catarina, e lhe indicarem que pegue a Briói, lembre-se: trata-se da BR-101.

Em Sampa. O Monumento às Bandeiras, no Ibirapuera, escultura em que índios, negros e portugueses puxam uma canoa usada pelos bandeirantes, é conhecida com o nome de Deixa que eu empurro. Para ter uma idéia da popularidade do nome, ele consta de um roteiro turístico de uma agência na capital.

Ainda em Sampa. Unidade de hospital voltado à saúde feminina. É o popular Xoxotão.

Portugal dá sua contribuição: Nossa Senhora da Graça dos Degolados (Alto Alentejo), Venda-de-Raparigas (Estremadura), Lama do Orelhão (Trás-os-Montes).

Em Uberlândia, MG, o Bar Merindus, aberto em frente à agência do finado Bamerindus da cidade, por um bancário recém-demitido pelo banco. Meses depois, pressionado por uma ação na Justiça, o proprietário foi obrigado a trocar o nome do estabelecimento. Não fez por menos: rebatizou-o para E o Banco Levou.

Mais nomes de estabelecimentos, interior afora: Bar Chove lá fora – Aqui dentro só pinga, Borracharia Prego Amigo, Restaurante Pantagruel, Edson Celulares.

Davida, uma organização não-governamental que atende prostitutas, criou uma grife de roupas com o nome de Daspu. Referência clara à loja da elite paulistana, a Daslu (nas palavras de um jornalão paulistano, “o maior centro de luxo do país”).

Pratos e produtos. Moelas de Galinha Solteira, Filé à Camões (com um só ovo), Lingüiça Queima-Rosca (levemente apimentada e tostada), Carvão Joana D’Arc.

Em Vila de Santa Rita, Alagoas, a Lanchonete Maria Furadinha. O lugar pertence a uma bela cozinheira que, certa vez, foi esfaqueada 17 vezes pelo namorado ciumento. Sobreviveu e abriu o bar.