Um europeu de passagem por aqui deve achar curiosa, a reação das pessoas diante dos jogos e dos resultados.
Ao que parece, não são poucos os torcedores cujo humor flutua conforme o desempenho da seleção. Tamanha vibração – ou sofrimento – tem duas explicações, a meu ver: ou o sujeito brincou pouco quando criança e daí passa a projetar nos jogadores tudo aquilo que gostaria de fazer/ter feito, ou então leva uma vida miseravelmente vazia e sem perspectivas.
No bar, terminado um destes jogos do time de Dunga, uma pessoa se levanta, lamentando a obrigação de voltar ao trabalho. Mostrava-se animada como um boi a caminho do matadouro. Se a partida termina no meio da tarde, a cerveja continua a ser consumida até a última garrafa: é preciso prolongar a euforia artificial (vide locutores da tevê, alquimistas buscando a transformação do nada em empolgação) e adiar o retorno ao tédio de sua rotina profissional.
Êta vida besta, meu Deus.
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