segunda-feira, 7 de junho de 2010

Rosa Montero e P. G. Wodehouse

Descobri recentemente, a autora espanhola. A reação que tive foi muitíssimo parecida com o que senti ao ler o escritor inglês: uma espécie de assombro. Causado, sobretudo, pelo contraste entre uma erudição invejável e o estilo límpido e elegante, em ambos os casos. A louca da casa e Histórias de mulheres, de Rosa, são preciosidades que merecem releituras periódicas. O mesmo ocorre com inúmeros livros de Wodehouse, entre os quais destaco The Adventures of Sally.

Poderá soar hiperbólico, mas o encontro com os dois foi como pequenas epifanias. O primeiro impulso, o de comprar a obra completa dos dois. Impulso que se transformou em desejo, que tem sido lentamente saciado.

Deleite maior é constatar que Rosa está em plena atividade (além dos livros editados, é colunista exclusiva do El País). E que Wodehouse, por sua vez, tem cerca de cem livros publicados, e todos em catálogo.

Breve nota sobre as edições brasileiras. Enquanto a obra de Rosa tem recebido uma tradução primorosa (de Joana Angélica D’Avila Melo), Wodehouse deve ser lido no original. Em seus três únicos livros editados aqui, pela Editora Globo, embora as traduções revelem competência, há raros e escassos sinais da magia da prosa e do humor fino do mestre.

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