quinta-feira, 24 de junho de 2010

Literatura e a universidade

“... Gostaria muito que houvesse um projeto de lei, pelo qual toda faculdade de Letras, para funcionar, deveria ter um escritor residente, contratado por quatro anos, não renováveis, só para dar oficina, atender aos alunos e, principalmente, escrever. Para a literatura e a universidade, seria uma revolução.” (Frederico Barbosa, poeta e diretor do Museu da Língua Portuguesa, em entrevista à revista Língua Portuguesa).

Excelente ideia. Quem sabe isso contribuiria para reduzir o fosso existente entre a universidade e a literatura contemporânea. Apegada ao cânone literário, a academia mostra uma resistência atávica diante da produção atual, como se pertencer a uma geração passada representasse, em si, alguma garantia de qualidade. Contrato de quatro anos? A ser discutido; talvez menos tempo, de modo que outros escritores também tivessem espaço.

De tabela, isso poderia levar ao debate sobre o papel dos cursos de “escrita criativa” nas faculdades de Letras e Jornalismo. Enquanto nos EUA isso é prática comum, por aqui eles só existem na forma de oficinas. Não seria o caso de estudar sua implantação em nossos currículos, ainda que em formato alternativo (digamos, dois anos em vez de quatro, tempo de uma graduação regular)? Haverá projetos-piloto já em andamento, em algum campus?

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Literatura em cena

Caso você não tenha visto a divulgação na casa virtual da Mulher: neste fim de semana terá início a mini-temporada da peça “A correspondência secreta”, baseada n’ O livro das cartas encantadas, dela. Detalhes de onde e quanto, clique lá em seu blog.

Vamos lá (Rio de Janeiro), ver que pito toca. Até.

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