terça-feira, 11 de maio de 2010

Bolas fora e dentro

1. É chegado o dia. À maneira dos bispos que liberam a fumaça branca na eleição papal, Dunga anunciará diante dos fiéis adoradores da bola: “Habemus manus (ou manum? Time, em latim, se não digo bobagem)”. A lista dos 23 ungidos. A propósito, por que não 22 ou 24? Número cabalístico?

Do Oiapoque ao Piauí, padocas, botecos e escritórios paralisados, bancos e repartições com atendimento suspenso, todos à procura da tevê mais próxima, uma única pergunta em mente: Ganso e Neymar estão na lista? Logo após o anúncio, numa coletiva, o ex-capitão tentará se esquivar dos tomates por não ter chamado os santistas. Bem, ele já tinha avisado que sua política é a Surpresa Zero.

2. Trechos de comentários de Sócrates, em entrevista a Juca Kfouri. Segue aqui uma transcrição não literal, já que a conversa se deu na tevê.

a. “Maradona já era deus em seu país, e renunciou à divindade, ao aceitar ser técnico da seleção argentina. Ou seja, decidiu retornar à condição de humano, de mortal, sujeito a críticas, a xingamentos, acertando, errando... Isso é simplesmente genial”.
b. “Sabe qual é meu medo, sinceramente? Que essa seleção de Dunga vença a Copa do Mundo”.

Soa estranha, a segunda declaração? Ora, conhecendo minimamente nossos cartolas, estou com o Doutor e não abro.

Nenhum comentário: