quarta-feira, 5 de maio de 2010

A falta que faz um revisor

De textos publicados sem revisão, vemos exemplos à mancheia, em toda parte. Muitas vezes, não há grande prejuízo para o leitor; fica apenas a impressão de desleixo. Noutras, porém, trata-se do limite entre o sucesso e o malogro. É o caso do spam que chegou à minha caixa postal. Suposta mensagem do banco onde sou correntista, dizendo que minha senha-pin precisaria ser renovada em dois dias. Caso contrário, a conta seria cancelada.

Coisa curiosa: o sujeito é um gêniozinho em micros, um hacker de primeira, que clona perfeitamente a página do site do banco. Porém, decide redigir. Daí resulta um texto apocalíptico que envia aos clientes, no qual pisoteia a gramática. E sequer se dá o trabalho de pedir a um comparsa que releia o que escreveu.

Pensando bem, considerando a alta taxa de analfabetismo funcional em nossa terra (os que decifram as letras, mas não compreendem o que leem), isso não é de causar espanto. Tem sempre um que cai no golpe.

Como já li em redação de aluno (e não foi caso isolado): “no que desrespeito à gramática...”, em vez de “diz respeito...”. Um erro nada ocasional.

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