terça-feira, 3 de novembro de 2009

O colapso dos roceiros (*)

Desde que foi privatizada, a companhia telefônica de nosso estado tem feito todos os esforços para oferecer nada mais do que o melhor aos seus clientes. Prova disso foi o dia em que enviou um técnico à minha ex-casa em Sampa: mal chegou, perguntou se eu não tinha um alicate e uma chave de fenda.

E mostrou, dia desses, que sua meta é mesmo a excelência, a superação. Domingo passado, o telefone amanhece mudo. Logo cedo, ligo pedindo o reparo. Ene, as solicitações, queixas e súplicas. Saldo: sete dias de jejum compulsório. Quando caía a conexão do modem da internet, então... só apelando aos tambores.

Curioso mesmo foi constatar, em retrospectiva, a falta zero que me fez o aparelho. Tirante uma ou outra situação, em que o celular deu conta do recado, é como se nada tivesse ocorrido. É parecido com o hábito de ler jornais: você traça todas as notícias ávida e diariamente até o dia em que viaja quatro, cinco dias para um lugar onde o contato com a civilização é nulo. Volta à rotina e aos jornais para se dar conta de que não perdeu nada.

(*)Referência nada sutil à história narrada em O colapso dos bibelôs, da Mulher.

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