sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Novo personagem em cena

1. Estou lendo no sofá da varanda, quando percebo passar ao lado, no gramado, um vulto amarelo. De volta, Amarelinha, a cadela responsável pela chacina do frango (detalhes, no blog da Mulher)? Nananina. Vou ver, é um bezerro. Eita. Passeando tranquilex, só faltou subir pr’um chá com bolachas.

2. Entre um parágrafo e outro de minha tradução, espio pela janela, que dá para o terreno do vizinho. Avisto a genitora do filhote, traçando seu café da manhã. Súbito, aparece ele. E chega faminto, o bezerrão. Suga de uma teta, de outra, faz um rodízio. Começa uma segunda rodada. Percebo que o úbere está meio murcho. O filhote também notou isso: começa a dar chacoalhões nele, com a cabeça, feito boxeador golpeando a bola de treinos. Sacode mais. E mais. Eu ali, só vendo a hora que Madame La Vache ia lhe dar uma patada de chega-pra-lá. Nada: tem a sorte de ter uma mãe compassiva.

3. Passeio pelo terreno. O bezerro, de novo, ao longe. Vejo-o fuçando um montinho de terra. Focinho quase enterrado. Dali a pouco, começa a saltitar. E berrar. Então, dobra as patas dianteiras, e passa a esfregar o pescoço no chão, numa posição um tanto quanto esdrúxula. Que diabo está fazendo? Rola na terra. Mais berros. Saltita de novo e repete a operação. Resolvido, o mistério: foi brincar no formigueiro.

De tédio não morro, nestas bandas. De jeito maneira!

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