segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Escrever para crianças

“Há só uma regra para fazer filmes para crianças: nunca fazer um filme para crianças. Um filme feito com a preocupação de que tudo seja compreendido por crianças não é apenas um filme ruim, mas é uma atitude equivocada. O trabalho de uma criança deve ser aprender, aprender e aprender mais. Para ela, quase tudo o que aparece na sua vida é novidade, e não compreender as coisas faz parte de seu cotidiano. A criança não se afasta completamente de uma história por não a ter entendido. Entre as novidades que surgem, haverá detalhes que ela compreenderá, porque sua mente é muito esperta e ativa. Há coisas que ela adivinha. E há coisas, claro, que ela não entende mesmo, mas que guarda estocadas no cérebro para usar no futuro”.

A declaração acima é do cineasta Michel Ocelot, citada no artigo de Braulio Tavares, “Escrever para crianças”, na revista Língua Portuguesa desse mês. Basta trocar “fazer filmes” por “escrever”, “filme” por “livro”, e a declaração se aplicará muitíssimo bem ao que está implícito na obra produzida pela Mulher – uma literatura que não subestima a inteligência do leitor. Não a conhece ainda? Sugiro começar por A maldição da moleira. E continuar com Um pinguim tupiniquim - que será lançado amanhã, aliás. Detalhes, em seu blog.

Em tempo: a partir de hoje, este blog será atualizado às 2as, 4as e 6as feiras. Nos demais dias, só quando me bater os cinco minutos.

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