quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Ops!

Em idioma estrangeiro, frequentemente há linha cruzada. Ou então gafes.

As cenas a seguir são de tempos idos, ambientadas em outras latitudes. Nos dedos de um ficcionista habilidoso, viravam conto. Aqui, quando muito, (ana)crônicas.

1. Oxford. Espero meu filho à saída da escola. Aproxima-se uma mãe, e puxa o papo de sempre:

– Cold, isn’t it?
– Ô! *
– Warm**? You find it warm?

* Como pode, uma interjeição tão expressiva não significar xongas para eles?
**No sotaque inglês, o “r” praticamente não é mais pronunciado. Nos EUA, claro que nada teria acontecido.

2. Paris. Converso alguns minutos, ao telefone, com um professor universitário de lá. No final, recebo um elogio dele ao meu francês (fizera bons progressos, em poucos meses na cidade). Eu já o conhecia do Brasil; tínhamos, portanto, um pouquito de intimidade. Mas, ao despedir, soltei:

– Au revoir, alors. Je t’embrasse.

Silêncio mortal do outro lado da linha.

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