segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Mãos na terra

Manhã ensolarada de sábado, após uma semana de chuva com pouca trégua. Meu filhote aparece na varanda com vários pacotinhos de sementes. “Vamos plantar?”

Após um ano de meio de vida na roça, dizer que já me sinto como um deles soaria afetado. Minha alma é urbanoide, não tem jeito. Mas volta e meia me baixam os “cinco minutos”. Ao convite de Lívio, não pestanejei. Em minutos, estávamos de carrinho, escavadeira e pás na mão. Resultado do fim de semana: mamão, miosótis, girassol e pepinos plantados, diretamente na terra ou na semeadeira.

Avesso a rotinas previsíveis, sou estimulado pelo contraste radical: muito “papo-cabeça” em meio a traduções, versões e revisões, e mãos na terra para compensar. E nada como descobrir (ainda que lentamente), para além da música e das letras, outras fontes do sagrado.

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