terça-feira, 17 de agosto de 2010

Rá-tim-bum

“Tudo era apenas uma brincadeira, que foi crescendo, crescendo, me absorvendo...”. A canção de Peninha é uma espécie de melô do Na Ponta da Língua, que hoje completa um ano de vida.

Pintou uma crise de identidade, no início, causada pelo chavão que dá nome ao blog. Mas logo fiz as pazes com ele. Originalidade demais também cansa.

Deve ser comum a todos os blogueiros, a convivência com certas neuras. A suposta necessidade de postar todos os dias. Para quê, estou n’alguma corrida de cavalos? Um excesso de aspas em meus textos? Sim, estou de olho nelas. Se o leitor nunca se manifesta, estou falando com quem? Não vou afetar um ar blazé, dizendo que não dou a mínima pelota para o silêncio dele. Mas, assim como na literatura, a interação se dá em outro plano, raramente numa caixa de comentários de blog.

A propósito, Patrícia, numa noite dessas em Sampa, contrariando o senso comum, largou sem pretensão uma frase que ficou saltitando cá no trapézio da mente: “No fundo, você escreve é para si mesmo”. Sempre verdadeiro, se o que se busca não é a aprovação do outro, mas suprir uma necessidade interna.

Em frente, pois. A ideia é me continuar me divertindo. Com a música. Com as letras. Com a língua.

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