quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Direitos imprescritíveis do leitor

1. O direito de não ler.
2. O direito de pular páginas.
3. O direito de não terminar um livro.
4. O direito de reler.
5. O direito de ler qualquer coisa.
6. O direito ao bovarismo (doença textualmente transmissível).
7. O direito de ler em qualquer lugar.
8. O direito de ler uma frase aqui e outra ali.
9. O direito de ler em voz alta.
10. O direito de se calar.

Como um romance, de Daniel Pennac (tradução Leny Werneck), Rocco e L &PM Pocket, 2008.

Precioso, este livrinho. Para quem cultua o livro como objeto de prazer. Nas últimas vinte páginas, o autor fala detalhadamente sobre estes dez direitos.

Dos que tenho exercido com regularidade, o de nº 3 (nada como abandoná-lo sem piedade nem culpa, verdadeiro alívrio) e o nº 5. Taí uma lista que deveria ser afixada em toda escola do planeta – o direito nº 10 merecendo negrito ou caixa alta. Pois a quimera que alimento é estar vivo no dia em que, nas escolas, o aluno poderá pura e simplesmente apreciar – ou detestar – um livro, sem tem de explicar o porquê.

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