No momento em que batuco estas linhas no teclado, meu filhote, acompanhado de seus trinta colegas de classe, está a caminho de MG. Visita às cidades históricas (adjetivo sem o menor sentido: existe alguma cidade “a-histórica”?).
Iniciativa louvável, a da escola. Ideia brilhante, não fosse por um detalhe. Não sei que porcentagem dessa viagem, de três dias, será dedicada ao desfrute puro. Mas é praticamente líquido e certo que, ao voltar, terão de escrever um relatório ou fazer uma prova, valendo nota. Enfrentando questões do tipo: quem foi o principal escultor do período barroco brasileiro? Onde estão suas obras? Etc etc. É o tal “estudo do meio”, expressão que me dá calafrios.
Lembro do relato de Matthew Appleton, sobre Summerhill. Diz ele que nesta escola não há segundas intenções: quando levam os alunos, por exemplo, para um passeio no bosque, é pelo passeio em si, não para estudar os tipos de planta, insetos e demais animais.
Ainda chegaremos neste estágio.
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